Dentre elas estava, e ainda está, a não divulgação de imagens e cenas chocantes de barbáries cometidas por loucos, por que acredito que, de alguma foma, a publicidade de seus atos criminosos faria parte de suas intenções.
Nunca publiquei no GENTE DECENTE, por exemplo, as cenas barbaras de decapitações cometidas contra inocentes pelo assassino estado islâmico. Além do hediondo crime que estavam cometendo havia a clara intenção de dar publicidade à sua violência e a seus propósitos políticos.
No entanto, hoje, abro uma exceção. Antes uma pequena reflexão.
Uma guerra nunca será de paz. Ela sempre será sangrenta, por que assim é uma guerra, seja ela justificada ou não. Nunca haverá empate entre os contendores, mesmo que, a princípio se diga que não houve vencedores, como no Camboja, por exemplo, a guerra deixa pelo caminho um rastro de barbáries que são comuns em uma guerra.
Mas mesmo numa guerra, há certos princípios, mesmo que hipócritas.
O que aconteceu na Síria nesta semana é o exemplo claro de que todos os mais caros princípios de uma guerra foram covarde e cruelmente desprezados. E isto se reflete, com uma crueza que assusta, na imagem deste post.
São crianças. Personagens de uma guerra sangrenta que não têm a mínima consciência do por que ela se revela tão cruel. E o que é pior: Nunca saberão, por que foram cruelmente assassinadas por um louco capaz de uma atrocidade desta.
Estamos ficando tão acostumados com certos fatos de nossa vidinha normal que só nos damos conta das tragédias "menores" quando uma grande tragédia estapeia as nossas fuças e a nossa moral.
Nesta guerra da Síria mais de 500 mil vidas foram covardemente ceifadas. Bairros inteiros foram destruídos. Outras milhares de crianças foram mortas. Mas foi necessário que uma barbárie maior do que a barbárie costumeira acontecesse para que alguma providência fosse tomada.
O ataque americano à uma base militar síria é pouco. O louco continua com poder. Um criminoso de guerra capaz de usar uma arma de guerra condenada por todas as nações do mundo, mesmo as que estão acumpliciadas com os mais sangrentos grupos terroristas, contra uma população recheada de crianças, muitas delas tentando brincar como crianças em meio aos escombros que sobraram de suas residências.
Assad deveria ser assassinado. A ONU deveria julgá-lo pelo crime de guerra que cometeu. O mundo deveria exigir a morte deste infeliz.
Sabemos todos que isto não acontecerá.
Sabemos todos que a punição que este calhorda receberá será do mesmo quilate que o ataque feito pelos americanos à uma de suas bases.
As instalações e os aviões destruídos serão rapidamente reparadas e repostos.
E a vida destas pobres crianças?
Quem vai repor?
