O Brasil é realmente um país "interessante", para não falar outra coisa.
Como disse Benito de Paula na música Trapézio:
"Se cobrir, vira circo, se cercar, vira cadeia".
Só que esta semana também teve seu lado para lá de "interessante" e, de alguma forma, esta nação nos transformou, a todos, de palhaços.
Vejamos:
1) Toffoli, ao pedir vistas de um processo em que já havia 4 votos e que até chegar à sua vez de votar ganhou mais 2 e depois de seu pedido de vista ganhou mais um, pediu vista de um processo em que está careca de saber o conteúdo.
Fez isso após afirmar "enfaticamente": "ESTA CORTE TRABALHA" e depois de tecer loas ao seu próprio trabalho afirmando que tinha "pouquíssimos" processos parados em seu escaninho.
Seu pedido de vista é um desmentido categórico e claro de que Toffoli, se estiver realmente trabalhando, está desperdiçando o nosso tempo, o dinheiro da nação, a nossa paciência e o pouco de prestígio da corte da qual faz parte, trabalhando mal e porcamente.
Nós todos sabemos o real motivo de seu pedido de vista. Toffoli nos fez, a todos, inclusive os seus colegas de "trabalho", de palhaços.
2) Antônio Carlos Rodrigues, presidente do PR de Garotinho, deu um socão nos cornos da justiça ao dizer, através de seus advogados, que "não se submeterá, por ora, às mazelas e humilhações do cárcere porque confia que as instâncias superiores reverterão esta arbitrária medida. Ele nunca fugiu às suas obrigações e nem o fará”, como se fosse eLLe mais honesto que aquele cidadão que se diz "o sujeito mais honesto do universo".
Resquício ainda da estúpida decisão da Suprema Porcaria que se ajoelhou para o ladrão mineiro à pedido do ladrão presidencial.
Já pensou se esta moda pega entre todos os criminosos do país?
3) A turma de ladrões do PMDB do Rio, hóspede de carceragens deste estado, não despreza o luxo mesmo atrás das grades. Camarão, bolinhos de bacalhau, iogurtes, pizzas, queijos caros, água mineral importada e a foto fora do registro oficial do sistema carcerário.
A companhia de Garotinho trouxe mais um destes espetáculos deprimentes que se transforma em tapa nas fuças da gente de bem desta nação. ELLe se disse agredido por "alguém" que portava um "taco de beisebol" como se estivesse preso em algum presídio americano, terra em que um taco de beisebol é como cordão de camelô no Brasil.
4) O presidiário deputado, enfim, vira só presidiário.
A justiça, FINALMENTE, reconheceu o óbvio: Errou ao permitir que um criminoso continue atuando como legislador e conferiu-lhe o seu verdadeiro status: PRESIDIÁRIO.
O interessante é o motivo da suspensão.
Ele não perdeu a condição de deputado presidiário, condenado por roubo de grana pública, pelo crime grave que cometeu. Não senhores. Isso seria coisa de país sério.
Ele perdeu a boquinha de trabalhar como deputado durante o dia e dormir na cadeia como criminoso de noite, por que tentou entrar no presídio com as cuecas recheadas de biscoitos de polvilho e generosos pedaços de provolone.
ISSO É GRAVE. MUITO GRAVE.
Pergunto: E o crime que o miserável cometeu e que lhe deu status de presidiário?
É detalhe, malandro.
Num país onde um ladrão ocupa a presidência, com uma suprema corte repleta de canalhas, com um delegado geral colega de bandidos, com um legislativo repleto de ladrões e com uma justiça que se mostra em compadrio com bandidos tu queria que não fosse GRAVE, GRAVÍSSIMO, uma cueca recheada de biscoitos de polvilho e pedaços generosos de provolone?
Author: Unknown
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