Certos fatos nos obrigam a formular
análises pessoais sobre o ocorrido e não importa o contexto, a gente acaba, de
alguma forma, extrapolando o circulo fechado a que ele pertence.
Ao tomar conhecimento da barbaridade
ocorrida com esta menina, Marielle, e vendo a situação atual deste país, uma
pergunta me vem na lata:
Que tipo de bandido, dentre todos os
que temos, são realmente perigosos para a sociedade como um todo?
Aquele que vende suas porcarias nas
entradas de favelas?
Aquele que assalta para ganhar uns trocados?
Aquele que ataca uma pessoa para subtrair-lhe algo que possa lhe render alguma
merreca e mata a vítima para ser famoso na sua gang?
Aquele que leva um estado inteiro à falência e desfila gastando grana roubada
em luxuosos hotéis mundo a fora, em iates dignos de sultões dos emirados
árabes?
Aquele que ocupa a cadeira de presidente com três processos na lata oriundo de
graves acusações e que chefia uma quadrilha quase toda em cana?
Aquele que engana toda uma nação para satisfazer seus gostos nababescos?
E diante deste ladrões, com e sem
pedigree, cabe outra pergunta:
Que tipo de justiça se pretende para
uma nação democrática?
Aquela que enfia em cana sem piedade
uma mãe ou um pai que rouba do supermercado um pote de margarina ou um pacote
de biscoitos?
Aquela que enfia em cana ladrõezinhos baratos de ruas escuras?
Aquela que protege bandidos poderosos?
Na primeira pergunta a resposta óbvia
é: TODOS SÃO PERIGOSOS, embora alguns mais, outros menos. Já falo sobre isso.
Na segunda a resposta, também óbvia, é que se puna, de acordo com a LEI quem
cometer crimes, sem se importar com pedigrees, idade, cor, religião, opção
sexual ou outra baboseira qualquer.
Assistimos perplexos um bando de parlamentares de mãos
dadas com um magistrado superior encurralando a PRESIDENTE DA MAIS ALTA CORTE
DE JUSTIÇA DO PAÍS para tentar tirar da provável e merecida cadeia um ladrão
canalha que enganou milhões de brasileiros com seu mentiroso discurso de
proteção dos pobres, enquanto, nos subterrâneos do poder enriquecia com grana
roubada de empresas estatais e obras públicas.
Assistimos perplexos à morte covarde de 27 policiais
militares.
Assistimos perplexos à morte de um pai de família diante
de seu filho de apenas 5 anos de idade pela covardia de bandidos incrustrados
em favelas cariocas.
Assistimos perplexos o PRESIDENTE desafiando um
magistrado superior por que este determinou a quebra de seus sigilos e ainda
mandando seus trombadinhas virem à público anunciando seu pedido de
impeachment.
Vivemos, nós cidadãos de bem, perplexos com tanta
barbárie e descasos que a perplexidade virou costume, tantas são as espécies de
bandidos perigosos que há neste país.
De outro modo vemos uma legislação especialmente branda
com criminosos, toda ela usando como defesa própria uma pretensa defesa da
pessoa humana e da presunção de inocência, enquanto vidas de inocentes humanos
vão sendo deixados como marcos de uma estatística horrenda.
O Brasil se tornou, perplexidade!!!!!, o paraíso dos
bandidos onde todos os perigosos criminosos desta nação sentem orgulho de
desafiar a justiça, enquanto as pessoas de bem, acorrentados ao estrito
cumprimento da LEI, por opção de caráter e postura nossa, estamos sendo
dizimados.
Se há perigo no exército do PCC de Marcola, perigo menor
não há nos exércitos de Boulos e Stédille.
Se há perigo nos PCCs e CVs da vida, não há perigo menor
nos MDBs, PSDBs, PPs, PRs da vida.
Se há perigo nos assaltantes de ruas escuras que matam
por celulares, não há perigo menor em canalhas com togas superiores agindo no
escurinho para livrar seus bandidos de estimação das LEIS que deveriam zelar e
proteger.
Enquanto a falta de vergonha na cara, de compostura, de
medo aos homens da lei cresce em progressão geométrica nos chefões das várias
quadrilhas que infestam esta não, cresce na mesma proporção a perplexidade, indignação,
o medo, a insegurança e o descrédito nas Instituições deste país.
O Exército Brasileiro, sob o comando de um paraplégico,
entrou na pantomima eleitoral do ladrão presidente.
Os últimos acontecimentos jogam lama no Exército por ele
comandado.
Arrasta nosso Exército, admirado e respeitado pela imensa maioria do
povo desta nação, para um papel de coadjuvante das quadrilhas organizadas
instaladas no poder da república e de fiador de bandidos com broche na lapela e
altos cargos no executivo.
A morte desta menina é um tapa na cara do General Villas
Boas.
Mas é, também, uma punhalada profunda no peito
da gente honesta brasileira por que, no cabo deste infame punhal estão as suas
mãos sujas.