Pareceu meio enrolado não?
Mas sigamos.
O que é a história?
Ora é o relato de fatos corridos diante do passar do tempo. Deveria ser este relato totalmente fincado em provas documentais e testemunhais de quem viveu o momento a que designa chamar de HISTÓRIA.
Mas há, mesmo diante da devida comprovação, aqueles que se dedicam a fraudar o momento histórico em benefício de algo ou alguém.
Vejamos a "história" do socialismo.
Se contada pelo historiador "vermelho" a "história" do socialismo descreveria com exatidão um paraíso, um Édem, uma espécie de ilha da fantasia onde todas as coisas estariam rigorosamente em seus devidos lugares, comandados por líderes incontestáveis, verdadeiros deuses do bem estar geral.
Se contada por um conservador ou alguém da tal "direita" seria o inferno comandado por um Capeta maldoso e sanguinário, capaz das maiores atrocidades.
Diante desse quadro como buscar a verdade?
Ora, nos fatos, os mesmo fatos usados pelos socialistas, para dourar e romantizar uma história macabra. Êpa, sou direitista?
Assim bandidos e heróis se transmutam nas narrativas opostas.
Lênin seria um Gandhi. Fidel Castro seria um Franklin Delano Roosevelt e Maduro seria uma espécie de Margaret Tatcher de bigode.
A realidade no entanto desmente os historiadores romancistas da esquerda maldita.
Lênin não passou de mais um assassino socialista. Assim como Maduro, Fidel e Chaves.
As imagens reais dos medonhos montes de corpos expostos em praças públicas pelo soldados de Lênin são prova cabal de sua condição de assassino frio e calculista que usava a morte como meio de poder e de intimidação.
Há, portanto, que se ter cuidado diante da história.
Não me canso de repetir aqui que vivi todo o período militar. Sou um participante, espectador e ator daquele período da história do Brasil.
Quando começou o período militar eu estava com 11 anos e ajudava meu pai com a rede da legalidade de Brizola.
Quando terminou em 1985, eu estava com 32 anos.
E não fui, e tenho verdadeira honra disso, um mero espectador da cena. Eu também fui ator.
SOU TESTEMUNHA OCULAR, NÃO PASSIVA, daquele período da história do meu país.
Fui do Partido Comunista e descobri COM 16 ANOS DE IDADE, que aquilo era um lixo.
Eles formavam psicopatas dispostos a servirem de bucha de canhão para suas atividades terroristas que visavam transformar este país numa filial de Cuba.
Pulei fora.
Fui militar do exército e ali aprendi valores que carrego até hoje em minha vida.
A história do Regime Militar no meu país é parte integrante e importante da minha história.
Feitos tais esclarecimentos, necessários ao contexto deste texto, vamos ao que interessa.
Me deparei na Veja com um texto, bem escrito por sinal, por um sujeito escritor que se chama Maicon Tenfen. Uma fraude da história com palavras bonitinhas e bem organizadas.
Tenfem usa "algumas necessidades" que são atendidas pelos "mitos" que se criam em situações de completa descrença, para atacar Bolsonaro.
Diz ele em seu texto:
"Mitos são histórias que a humanidade conta a si mesma para dar sentido à existência. O Amor Eterno, a Justiça Divina e a Superação Heroica são exemplos de mitos constantemente reforçados no imaginário por narrativas inscritas em filmes, livros, canções, contos populares e obras de arte em geral. Dentre todos os mitos, um dos mais poderosos é o do Líder Supremo. É o tipo de história que aparece nos períodos de crise, de vácuo político e de descrença com as instituições. Os que se veem abandonados projetam as suas esperanças em algum herói que possa punir os impuros e reconduzir o povo à prosperidade. Pouco importa se o herói é um guerreiro como Aquiles ou um espertalhão como Ulisses. Se ele não possuir nenhuma dessas características, nós, afoitos e dedicados, teremos a capacidade de enxergar tudo o que há de bom naquele que elegemos como o representante da nossa causa. Depois desse auto-convencimento peremptório, seguiremos o Líder Supremo até o inferno. Dito isto, vamos aos fatos".
É verdade. Claro.
A técnica é usar o óbvio para provar, com o óbvio, que algo vai contra o óbvio e usa-se exemplos fartos para isso.
O dito cujo usou apenas dois exemplos antagônicos entre si.
Mas vou usar mais.
O que seria da Índia sem Mahatma Ghandi?
O que seria da França sem Napoleão Bonaparte?
O que seria dos Estados Unidos, depois da Grande Depressão e da Primeira Guerra Mundial sem Franklin Delano Roosevelt?
O que seria dos negros americanos sem Martin Luther King?
O que seria dos EUA pós fim da escravidão sem um Abraham Lincoln?
O que seria da mãe África Negra sem Nelson Mandela?
O que seria o mundo sem Jesus Cristo ou Buda?
E poderia ficar aqui citando muitos outros que mudaram a HISTÓRIA DE SEUS NAÇÕES.
Pode-se cometer erros? É óbvio que sim. Porém o êrro não é motivo fundamental para se dizer que seguir um líder seja algo que mereça ser criminalizado, uma espécie de erro sem perdão.
Não são poucos os casos, senhor Maicon Tenfer, em que a burrice coletiva, subliminarmente exposta em seu texto, erra na escolha de seu líder.
Sigamos.
Faz parte da técnica da fraude intelectual citar mais motivos para denegrir a figura de alguém.
Se usa isto com a finalidade de reforçar a tese principal. Sacou?
E aí, o escrevinhador literário parte para a segunda parte da fraude.
Vejamos o que ele escreve:
"Não deixa de ser preocupante que multidões de facebookers endossem as declarações de políticos e celebridades sobre a inexistência de uma ditadura militar brasileira no período 1964-85 (ou 68-78, vá lá, considerando a vigência do AI-5). Numa vergonhosa demonstração de má-fé, os apologistas da “ditabranda” ignoram a interrupção do voto direto, a censura prévia dos jornais (que não podiam denunciar casos de corrupção), o fim do habeas corpus e o poder presidencial de pôr em recesso as câmaras legislativas, inclusive estaduais e municipais. Se isso não foi ditadura, devemos tirar todos os jovens da escola e botá-los a estudar apenas nas redes sociais. Até então, reescrever a história recente do país era prerrogativa do PT, que tentou atribuir ao Governo Lula os direitos autorais do Plano Real. Do mesmo modo, boicotar eventos culturais e difamar as vozes divergentes era uma estratégia quase exclusiva dos movimentos de esquerda. Parece que boa parte dos que hoje se denominam liberais, conservadores ou “de direita” acha justo que as táticas do adversário sejam utilizadas em benefício próprio".
MÁ FÉ, AMIGO? De quem?
Vejamos.
Quando o REGIME MILITAR TERMINOU NO BRASIL, este senhor contava com apenas 10 anos de idade. Segundo sua autobiografia exposta na Wikipédia este senhor nasceu no dia 31 de dezembro de 1975 e o Regime findou em 85. Estava brincando de autorama.
Portanto, o que sabe, óbvio, se deve ao que leu e, pelo escreveu, leu quem não devia e ignorou quem deveria.
EU VIVI TODO O PERÍODO MILITAR E AFIRMO:
NÃO ERA DITADURA COISA NENHUMA.
Quem sentiu a mão pesada das forças armadas, merecia de alguma forma.
Meu pai ficou preso por 75 dias. E com razão. Conspirava, junto com Brizola e a turma de Goulart contra nossa democracia. Fato que ele mesmo reconheceu e se arrependeu profundamente.
Prometeu sossegar o rabo e foi solto pelos milicos e nunca mais foi parar no DOI-CODI.
Não vou repetir que estudei, me formei, participei de passeatas e o cacete a quatro e nunca, NUNQUINHA, fui preso.
Estávamos sim, em um regime plenamente justificado de EXCEÇÃO.
MENTIRA QUE TODOS OS JORNAIS FORAM CENSURADOS.
Basta consultar os arquivos de O Globo, Correio da Manhã, Jornal do Brasil e Estadão para ver que JORNALISTAS, não o jornal, eram censurados. ERAM COMUNISTAS, como são até hoje.
Achamos justo sim que as táticas da esquerda sejam usadas contra ela.
O Brasil, amigo, está se cansando de tomar porrada e ficar quieta, de se omitir, de não reagir às putarias que as esquerdas promovem neste país não é de hoje.
Sigamos.
E aí, ele chega, finalmente, no seu objetivo principal, depois de sacanear a história.
ATACAR BOLSONARO. Diz o ilustre fraudador da história:
"A roubalheira irrefreável da classe política fez com que o cenário nacional ficasse claro para muita gente: de um lado, Brasília; do outro, os brasileiros. Lá os nobres e os reizinhos encastelados na sem-vergonhice e na fartura; aqui os bobos trabalhando e pagando impostos. A pergunta, a resposta e a revolta são óbvias: o que os políticos irresponsáveis fizeram com a tal democracia?
Usaram-na para roubar, roubar e roubar.
Desse modo, a sensação de que “está tudo perdido” coloca os eleitores numa zona cinzenta de ceticismo que facilmente adquire toques de delírio. É o perigoso momento em que o mito do Líder Supremo começa a operar o imaginário coletivo. A lógica emocional desse raciocínio pressupõe que precisamos de alguém corajoso o bastante para acabar com a safadeza, alguém que represente os nossos anseios messiânicos de desforra, que possa fazer com que os vilões pereçam e seus seguidores sejam devolvidos à devida insignificância, alguém capaz de restaurar um tempo fantasioso em que os maus eram punidos e os justos recompensados, no caso o período da ditadura, com direito ao fechamento do Congresso ou até – por que não? – o extermínio físico dos bandidos que traíram o povo e vilipendiaram a nação. Esse devaneio mítico e vingativo – que tende a crescer nos próximos meses – entregou a Jair Bolsonaro o cetro do Líder Supremo."
Eis ai. A mistura bem organizada das premissas para tornar verdadeiras as conclusões.
Bolsonaro na visão deste iluminatti seria a escolha Hitler, a escolha Maduro, a escolha Chaves, a má escolha portanto.
Porque?
Porque nós, parte consciente da nação, estamos transformando Bolsonaro, com plenas e irrefutáveis razões, em líder e por que ele, de alguma forma, representa a ditadura.
Duas fraudes cretinas da história.
Engraçado que este sujeito nada fala de outros postulantes a líder.
Nada de LuLLa condenado. Nada do Tiririca 2.0 da Globo. Nada de Quincas Barbosa. Nada de Alckmin e seus 10 milhões. Nada de Maia e suas tramoias com a Odebrecht. Nada sobre Dória e seu apoio inescrupuloso ao Ladrão Temer. Nada contra o boquirroto Ciro Gomes.
Contra estes? Nada. A fraude da história seria desmascarada, não?
E ele termina com um conselho:
"Cada um que vote em quem quiser, essa é a beleza e a vantagem da democracia, um sistema sem o qual o próprio Bolsonaro – militar rebelde que foi – não teria condições de se candidatar. Portanto, caro leitor, se você é daqueles que gostam de relativizar ou glorificar a ditadura no Brasil, o melhor que tem a fazer é estudar um pouco de História".
KILINDINHO, NÃO?
Pois é.
É essa mesma democracia, fraudada na campanha da dona Dilma e do seu Aécio que talvez, quem sabe, pode consertar os erros que cometeu no passado votando em um ladrão chamado LuLLa, numa incompetente chamada Dilma.
Quanto ao "estudar um pouco de história" o desejo que este velhote tem é vê-lo voltar aos bancos da escola que, como dissemos no princípio deste texto, pode ser fraudada, principalmente se estudada em textos e livros de fraudadores profissionais da história, como, ao que tudo indica, ´seja o caso de seu texto.
VÁ ESTUDAR, Senhor Maicon Tefen.
Vá estudar, mas estudo direito.