24 de Janeiro de 1984. Sede do Calabouço no Rio de Janeiro. Mais de 20 ônibus estacionados. Dezenas de estudantes e pais esperando a hora de partir para São Paulo.
"Caminhando e cantando" embalava nosso grito por liberdade.
Estávamos indo para São Paulo para, no dia seguinte, participar, sem saber que seria o que foi, do Protesto pelas Diretas na Praça da Sé.
Não dormimos naquela noite. A cantoria, o falatório da meninada que, como eu, estava se acostumando a participar de manifestações pela volta da democracia, carregados por uma alegria sem dimensões, não deixam que pregássemos os olhos.
Chegamos por volta de sete horas da manhã. Cansados, mas felizes e ficaríamos muito felizes ainda ao notar que mais de 300 mil pessoas, vestidas de verde e amarelo, não deixava espaço nem para que môscas circulassem entre os manifestantes.
Personalidades da política, de todos os partidos, estavam lá.
Inclusive este bandido que será julgado no próximo dia 24 de janeiro.
Hoje, 31 anos depois, estamos sentindo na carne o que este bandido e sua quadrilha fez com nossa democracia.
E por que me lembro com tanta tristeza desta época?
Por que em 1984 eu estava com exatos 31 anos.
Ouçam o que este filho da puta disse na Praça da Sé. Depois eu volto.
Ao ouvir este canalha, me pergunto:
Como este filho da puta teve coragem de fazer o que fez?
Por que que este desgraçado jogou a nossa miserável democracia no lixo?
Por que o "carismático líder operário" se transformou em um honorável ladrão?
Espero que, no dia 24 de janeiro de 2018, o TRF-4 condene este desgraçado.
Que dobre a sua pena.
Que determine sua imediata prisão.
Que enfie este desgraçado numa jaula pelo resto de sua miserável vida que resta.
LuLLa é um bandido safado.
Um traidor da pátria.
Um assassino da democracia.
E escolheu este caminho por que sempre foi tudo isso.
CADEIA PARA LULLA!
NOSSA DEMOCRACIA EXIGE!