Lê-se aqui e ali que a política está sendo criminalizada.
Pura cascata. Isso é conversa mole de quem atua, os que acusam a criminalização, para enfiar todos no mesmo rolo.
"Olha, deixar de acreditar na política vai enfiar o Brasil numa situação pior do que a que se encontra", dizem eles.
Esta acusação não se sustenta de pé. O que se vê neste país é um número cada maior de brasileiros exigindo a criminalização de políticos que usaram a política para cometer os crimes que estamos assistindo todo santo dia com a prisão de vagabundos que enfiaram a mão na grana pública, contando com as facilidades ofertadas pelos cargos políticos que ocupam nas esferas de poder.
O que se está exigindo, na verdade, é a limpeza da política, para que volte a ser feita com seriedade. O que se está exigindo, na verdade, é o exercício limpo da política como estabelecido no jogo democrático.
Não somos nós, que exigimos esta virada de mesa na política, que estamos, como alegam, desacreditando a política. Muito pelo contrário.
Ao exigir que estes bandidos paguem pelos crimes que cometeram o que queremos, de forma clara, é que retomemos a política feita por homens públicos responsáveis no exercício de seus mandatos e de suas funções públicas.
Não querer isso, diante dos escândalos que nos assombram todos os dias, seria uma atitude no mínimo conivente com os poderosos bandidos da nação. Ficar quieto diante deste descalabro seria assumir, de uma vez por todas, que somos uma nação toda formada de bandidos e cúmplices, como se todos se locupletassem do que foi roubado.
Não é hora, neste momento nojento que vivemos, de se falar em reforma política. Tudo que sairá da cabeça imunda dos cacicões dos partidos, todos enrolados em suas devidas falcatruas, será o lixo conveniente que pode livrar das merecidas punições os bandidos que queremos ver fora da política.
Este congresso, da forma como está, não nos representa. Não representa mais o eleitor que votou nesta corja, pois ninguém, que não seja bandido, deseja por dentro de casa um bandido. Não representa mais quem não votou nestes bandidos, pois vê seu representante acuado diante do poder de alguns caciques que já deveria ter sido banidos da vida pública e, ora vejam, da política.
O Congresso hoje está composto por bandidos já denunciados e bastante conhecidos da população, por seus cúmplices camuflados mas ainda não denunciados, pelos coniventes que aparecem em votações de projetos vagabundos que podem livrar os caciques da cana que merecem e de uma minoria de ainda verdadeiros políticos que, sem força no Congresso, cantam solitários como hienas no deserto.
O melhor é esperar. Deixar tudo como está.
Esperar que a Operação Lava Jato vá fazendo o necessário expurgo dos políticos sujos.
Exigir que a Suprema Corte deixe de lado a letargia costumeira e exerça seu papel herdado pelo maldito Foro Privilegiado.
Deixar que as investigações e os devidos processos legais digam para toda a sociedade quem realmente está enlameando a política e quem não está.
E por fim, deixar que o eleitor exerça, em 2018, seu democrático e irrefutável papel de escolher quem vai representá-lo dali para frente.
Se for desejo do eleitor que Renans, Lobões, Aécios, Eunícios, Gedéis. Jucás, Lindbergs e outros vagabundos da política voltem a exercer cargos de representatividade eleitoral, apesar de lamentável, é da democracia.
Cabe, neste caso, aos eleitores, e só à eles, expurgar da política os maus políticos assim como cabe aos eleitores que não entregariam seus votos aos bandidos conhecidos da nação a tarefa de convencer seu vizinho a fazer o mesmo.
A informação hoje trafega com a velocidade de um raio. Temos grupos de resistência, formados a partir das manifestações de 13 de março, com representatividade em todas as grandes cidades do país. Cabe à estes grupos "alertar" os eleitores destas cidades sobre o que fizeram todos estes vagabundos em verões passados. Cabe à estes grupos esclarecer os eleitores desinformados que trocar o voto por uma miserável dentadura pode sim deixar seu sorriso mais bonito, mas deixará horrorosa a nossa democracia.
Author: Unknown
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