Alguns trechos da entrevista de Barrosão para a Fôia:
"Uma vez homologada, a delação deve prevalecer sem nenhum tipo de modificação futura.
A delação só faz sentido se o colaborador tiver a segurança de que o acordo feito será respeitado. Se ela puder ser revista, em breve o instituto deixará de existir".
Sobre as prisões em segunda instância, Barrosão não poderia ser mais claro:
"Voltar ao modelo anterior é retomar um sistema que pune os pobres e protege os criminosos que participam de negociatas com o dinheiro público.
Você só muda a jurisprudência quando existe mudança na realidade ou na percepção social do direito. Não aconteceu nem uma coisa nem outra.
O risco de impunidade dos criminosos de colarinho branco continua real, e a percepção da sociedade é de que a Justiça precisa enfrentá-los com punições mais céleres".
E o tapa nas fuças do advogado de Aécio e dos ladrões na Suprema Porcaria:
"O ministro sustenta que o Judiciário não pode ser servir como "um instrumento para perseguir inimigos e proteger amigos. A jurisprudência não pode ir mudando de acordo com o réu.
O país está caminhando para trocar um modelo aristocrático-corrupto por uma República de gente honesta. É preciso mostrar às novas gerações que o crime não compensa e que o mal não vence no final. Será uma pena se o Brasil retroceder nisso."
PARABÉNS BARROSÃO!