Se LuLLa, eleito pela primeira vez, tivesse cumprido
metade do que prometeu em campanha, não estaria hoje na situação em que se
encontra.
Com certeza, ainda estaria sendo endeusado por mais de
80% dos brasileiros e de seus admiradores mundo a fora.
Acontece que LuLLa é o que é e esta certeza, afirmada por
muitos antes dos escândalos presentes e passados, também veio à tona no
depoimento do patriarca da corruptora Odebrecht que afirma, em claro e bom
português, que já corrompia LuLLa desde que este usava o disfarce de torneiro
mecânico.
O que LuLLa fez ao conquistar a presidência do país foi
apenas mudar o disfarce. Tirou o macacão de chão de fábrica e pôs o macacão de
presidente daquela que já foi a quinta economia mundial. Deixou de vender
greves fajutas e passou a rifar, em benefício próprio e dos ladrões de costume,
os cofres abarrotados da nação pelos impostos escorchantes e, portanto, “facin”
de serem devidamente assaltados.
Mesmo que ficasse provado e escarrado que LuLLa não enfiou
as próprias patas na grana da viúva, beneficiando-se diretamente da roubalheira
generalizada, ainda assim LuLLa, como comandante máximo da nação, deixou de
exercer o seu principal dever de ofício que é o de zelar pelas contas públicas
de uma nação inteira. Deixou de dar o exemplo aos seus comandados.
A Teoria do domínio do fato deu as caras no Mensalão do
LuLLa em 2005, durante o julgamento da mesma quadrilha que hoje frequenta as
páginas dos jornais, no que se convencionou chamar de Mensalão do LuLLa.
Foi a oportunidade que a justiça teve de impedir que
chegássemos à situação presente.
A justiça deixou de fazer a sua parte naquela
oportunidade e a roubalheira do Mensalão, acabou por servir de laboratório para
o escândalo nacional atual e que, mais uma vez, envergonha a todos nós.
O pouco tempo de permanência em cana dos condenados,
serviu de combustível sólido para o aperfeiçoamento da suruba financeira
nacional.
Se a justiça tivesse punido LuLLa no Mensalão de 2005,
talvez, não chegássemos ao estágio atual ou, se chegasse, não teria, talvez, as
mesmas proporções atuais do Mensalão 2.0. Óbvio que esta afirmação não passa de
simples suposição, mas baseada em chances reais.
Se esta mesma justiça tivesse sido rigorosa nas penas e
no cumprimento delas pelos condenados no Mensalão passado, talvez, não tivesse
a certeza da não punibilidade pelos ladrões do Mensalão presente. Também
suposições lastreadas em chances reais.
O crime de não cumprimento do dever de ofício cometido
por LuLLa, em ambos os casos, não é somente grave. É gravíssimo. São crimes
abrigados pelo código penal contra a democracia de uma nação.
É roubo qualificado, não mais para a manutenção de um
projeto de poder, mas para a manutenção das mordomias, agora fundamentalmente
luxuosas, travestidas em tríplex, fazendas e o escambáu a quatro, ao contrário
do vistoso e barato tapete amarelo que ornava sua saleta no sindicato.
Ao agir desta forma, deixando de cumprir com seu honroso
dever de ofício como comandante máximo de nação, LuLLa passa à condição de
comandante máximo de organização criminosa, atropelado que foi pela sua
desmedida ambição.
Agora, é dever da justiça fazer o papel constitucional
que lhe cabe enfiando este salafrário em cana.