O que estamos assistindo deixa a inegável certeza de algumas conclusões, quer sejam:
1) A política foi transformado em casos de bandidagem explícita;
2) Os partidos políticos são tudo, menos políticos;
3) Ladrões se apossaram da política para fazer dela, um meio sujo de enriquecimento pessoal;
4) Os Tribunais eleitorais não servem para absolutamente nada, a não ser, se permitir usar como lavanderia de grana roubada do povo, legalizando a roubalheira.
Nossa jovem democracia passa por um teste de fogo. Diria de resistência. Sobreviver à toda essa putaria vai requerer esforço quase sobre-humano e que demandará um tempo que não se pode precisar com certeza.
Tudo isso seria possível de se evitar se os Tribunais eleitorais parassem de sacanagem e fizessem o trabalho que lhes cabe que é o de fiscalizar as contas de campanhas de candidatos.
No entanto, parece que há uma predisposição de que a coisa fique como está. Afinal, para que trabalhar em demasia, certo?
A gente olha para o Supremo e não pode deixar de ver o que ali se passa.
Em plena era digital, onde tudo se revela em instantes e onde tudo está disponível e ao alcance de um miserável clique, nossa Suprema Porcaria patina no "inventos" do século 18.
Ora, bastaria que a Suprema Confraria dos velhinhos retrógrados sentasse a bunda em um pc de configurações mínimas para, usando o santo pai Google, descobrir que o CNPJ de uma gráfica discriminada numa prestação de contas não contasse com capacidade suficiente para levar 15 ou 20 milhões de uma campanha, pela produção daquilo que não tem capacidades mínimas de produção.
Não. Os sujeitos superiores metem o jamegão na merda e proporcionam, com isso, que ela espalhe seu fedor pela roubalheira nacional.
Chega ser vergonhoso que tais coisas ainda aconteçam em pleno Brasil digital.
E detalhe: NÃO PRECISAM SE SUJEITAR À BUROCRACIA INFERNAL que atrasa a vida do restante da sociedade.
E ainda somos obrigados a ver o cinismo de um ministro e presidente desta porcaria superior tentando vender desculpas esfarrapadas, tentando esconder as próprias culpas jogando-as no lombo alheio.
Fora o já normal caminhar tartaruguento dos processos que ali transitam.
A Operação Lava Jato não está só revelando a roubalheira nacional. Está, também, mostrando que nossas cortes eleitorais não estão à altura de uma democracia que vai se moldando nos avanços colocados à sua disposição, seja por estupro, seja pela avidez de conhecimento.
Se está correta a afirmação de que não há democracia sem justiça, correta está também a afirmação de uma justiça fajuta não sustenta, por longo tempo, uma democracia que se quer verdadeira.