JANOT DIFERENCIA CAIXA 2. MENTIRA. A conotação é outra.

Quem lê a reportagem da Folha, numa vista rápida, fica com a impressão de que Janot alivia a barra de safados que cometeram o tal de Caixa 2 do bem.
Cascata.

Janot fez o óbvio. Vamos lá.

1) Existe Caixa como simplesmente Caixa 2? Sim Existe.
2) Existe Caixa 2 resultado de corrupção? Sim existe.
3) Existe Caixa 2 como resultado de extorsão em troca de medidas provisórias, por exemplo? Sim. Existe.
Existe Caixa 1 resultado de corrupção? Sim existe.

Ora o que se espera de uma acusação? Que ela defina os crimes que os acusados possivelmente tenham praticado. Certo isso?
E para cada tipo de crime, se pede uma pena que, dependendo da gravidade, pode variar e muito.
Foi exatamente isso o que Janot?

Ninguém sabe. Quem disser algo sobre isso está especulando. Chutando, usando uma certa lógica, mas emprestando uma conotação, como sugere a Folha, diferente. E o que é pior:
EM CIMA DE UM DOCUMENTO QUE NINGUÉM CONHECE.

No finalzinho da reportagem o jornaleco diz:

Essa diferenciação dos tipos de doação não foi usada pela Procuradoria na primeira lista de Janot, há dois anos, até porque não se sabia naquela época com tantos detalhes o esquema descoberto em investigações e detalhado pelas delações dos 78 executivos da Odebrecht.

E aí você segue o link e vai dar num texto do Igor Gielow que esclarece (mais ou menos) que no último parágrafo está dito:

"Assim que os detalhes do que está sendo investigado vierem à tona........"

Não veio. Ainda não.
Mas uma coisa Igor tem razão:

Janot, na lista 2.0 ampliou a chance de bandidos serem condenados inclusive os daquele grupinho que se quer fazer crer que existe e que praticou o Caixa 2 do bem.
A verdade é que, ao que parece, estes também serão punidos por que Caixa 2, do bem ou não, é crime.
E, ao que parece, foi o que fez Janot.

Nada mais óbvio, não?

Ou queriam que Janot acusasse todo mundo pelo mesmo crime?

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