Somente críticos ácidos, com intenções mal resolvidas, não claras ainda e despropositadas, podem ter encontrado algo em que se possa descer a lenha.
Até mesmo quando diz que "a justiça contra crimes do colarinho branco é mais uma bandeira das esquerdas", não dá para classificar como erro histórico ou casual a sua assertiva.
Sérgio Moro não é burro. Sabe o que faz e o que diz. No que faz, sua atuação à frente da Lava Jato, tem, diante de tribunais superiores, 99% de acerto.
Quanto ao que diz, seu estilo comedido e pensado, não lhe deixa atravessar os limites do que é plenamente aceitável para alguém cuja função é julgar e emitir sentenças e que dirige a maior operação contra "crimes do colarinho branco".
Para mim, a frase de Sérgio Moro soa mais como ironia que um posicionamento político claro.
Afinal, em suas sentenças ou em suas falas processuais, Moro não se cansa de dizer que o PT se transformou numa quadrilha organizada cujo fim principal é o assalto covarde aos cofres públicos usando, para isso, seus mais notórios "colarinhos brancos", que ocuparam altos postos tanto na estrutura partidária, quanto nas de governo.
Serjão fez questão de dizer que não é candidato a nenhum cargo político. Nem precisava.
Ilusionistas do colunismo político lhe atribuem tal intenção apenas e tão somente por que sua esposa, em página do Facebook, tece loas ao maridão, o que é mais que justo. Afina não é somente ela que admira seu cônjuge. Milhões de brasileiros país a fora, de todas as classes sociais, tem por Moro admiração semelhante ou maior, em virtude de sua atuação à frente da mais importante operação contra bandidos da nação da história de nosso país, como costuma dizer aquele salafrário que tão bem conhecemos.
Com certeza estes cretinos de plantão adorariam que a esposa de Moro postasse em seu face um #ForaTemer ou #AbaixoMoro.
Aí, decerto, eles babariam nas caras gravatas.
Arranjem o que fazer senhores.
Esse troço de meter o cacete em Moro para ganhar leitores não cola mais.
No caso e questão, isto é, de Moro, só diminui.