O STF vai ter que dizer se Vallisney é ou não um "juizeco".

A Constituição protege o mandato de parlamentares.
Protege também seus gabinetes. Idem para a expressão de pensamentos.
Idem para o Plenário do Senado.
E, desta forma, protege o Senado, a Câmara e alguns de seus integrantes.

Acontece que a barbearia, o cafézinho, a gráfica do senado e a Polícia do senado são repartições dentro da estrutura das casas legislativas, integram a estrutura do senado, são subordinadas à presidência do senado, mas, pela Constituição, NÃO SÃO O SENADO FEDERAL ou a CÂMARA DOS DEPUTADOS.
Ia esquecendo.
Os apartamentos funcionais também estão na estrutura do legislativo, mas não estão, como os outros departamentos citados acima, protegidos integralmente pelas garras nefastas do Foro Privilegiado.
Desta forma juízes de instâncias inferiores podem, RESGUARDANDO O QUE ESTÁ SOB PROTEÇÃO DO MALDITO FORO, ter acesso ao que não está protegido pelo miserável foro, dentro das residências de suas excelências, sem que se vejam obrigados a recorrer ao STF.

A questão é motivo de debates e já teve, em algumas situações, decisão da Suprema Corte, favorável a "juizecos" de instâncias inferiores.

Caberá, neste encrencado caso do senado, uma postura em relação à atuação do "juizeco" Vallisney.
O STF pode ou não chancelar o que disse o réu de 11 processos Renan Calheiros.

Ou pode, desde já, começar a extinguir esta excrescência chamada Foro Privilegiado que permite que bandidos, ainda não condenados, ocupem cargos de relevância nas mais altas estruturas do poder.

Não pega bem, em cerimônias especiais dos poderes legalmente constituídos, a presença, entre as "altas autoridades" da república a presença detestável de bandidos entre aqueles que estão na iminência de assumirem a condição de juízes de seus crimes.

Aliás, vou mais longe.

Todo parlamentar, sobre o qual se instala um processo de investigação criminal, deveria ser afastado de suas funções, até que fique provada a sua inocência, o que pode ocorrer, até mesmo, durante a fase de investigação.

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